Não tenho mais coração
Não mais creio no amor
E estou longe daquilo que já fui
E mais distante ainda
Daquilo que um dia sonhei ser
Agora, não mais me reconheço
Nem quero julgar se mereço
A tragédia que sobre mim recai
Sei somente que há uma pedra
Que quase pulsa dentro de mim
Um bloco de gelo e mármore
De aço maciço inoxidável
Sofrido, inumano, empedernido
Intangível e intocável
Mas que ainda urra de dor
Recheado de ódio
Através do qual
O sangue, em vão inacessível,
Teima em tentar passar.
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